terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vitrines atraem consumidores e contam a história da marca

Fonte: Mundo do Marketing

Para atrair um consumidor é necessário que as lojas contem uma história. Muito mais do que produtos ou serviços, as decisões de compra baseiam-se em emoções humanas. Para o varejista, é imprescindível perceber o que o cliente busca e seduzi-lo com as melhores alternativas. É na vitrine que essa história começa, como destacou Vera Barretto, sócia-diretora da Shopfitting durante o 11º Encontro de Ativação em Varejo no BarraShopping.

Segundo Vera, 91% das pessoas ainda mantêm o hábito de sair para olhar vitrines e o varejo deve se aproveitar disso. Destas, 70% escolhem o que comprarão durante os cinco segundos, em média, que levam apreciando as lojas e decidindo se entram ou não. “A vitrine é uma conversa mais particular, com menos inibição, para que o consumidor perceba o que encontrará na loja. Mas todo o espaço deve acompanhar o mesmo conceito”, aponta a especialista.

Mais do que um meio de comunicação, as vitrines são um veículo de captação de clientes. “Principalmente em um shopping, em que você está cercado por outras lojas, é importante conquistar o consumidor através da vitrine, seja por inovação, seja por criatividade”, diz Tina Adnet, Gerente de Marketing do BarraShopping, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Boas vitrines entendem o que o cliente busca
Ao atrair o consumidor para dentro de uma loja, a vitrine é responsável por efetivar uma boa parte da venda. Por isso, ela deve encantar quem as observa. O espaço é responsável também por criar um clima que valorize os produtos, a proposta da coleção e, até mesmo, causar um impacto que seja coerente com a marca e com o seu público-alvo.

Na hora de montar uma vitrine, a empresa deve entender o que o cliente busca e valoriza. Para isso, é importante definir o perfil deste consumidor. “Há quem queira exclusividade, o que pede vitrines que destaquem poucos produtos. Já aqueles que desejam variedade gostam de vitrines que mostrem um volume maior, mas com harmonia. Há ainda quem procure oportunidade. Para este perfil, as vitrines cheias de produtos dão a sensação de que aquela loja tem peças de menor preço”, explica Vera, da Shopfitting.

A novidade é outro elemento importante. É essencial que as lojas mudem constantemente suas vitrines. Em média, o ideal é que a mudança ocorra a cada 15 dias. Se não há transformações na vitrine, os consumidores tendem a achar que também não existem novidades na loja. Também não adianta expor muitos produtos em um mesmo espaço. É necessário criar uma harmonia entre os elementos e conduzir o olhar de quem observa, dando foco a um produto e deixando os outros como secundários.

Planejamento e criatividade para o sucesso
A criatividade também é fundamental, independente do orçamento. Mas é necessário direcioná-la da maneira certa. Ao planejar e montar uma vitrine, o profissional deve saber integrar o tema da coleção, os produtos que devem ser destacados, os complementos e a decoração. Esta integração é uma somatória de ações que contribuirão para o crescimento das vendas.

A decoração deve ainda estar em sintonia com o contexto atual e explorar os signos presentes na cultura do lugar. Acompanhar o calendário promocional mostra que a marca valoriza o que é importante para o cliente. Por isso, as lojas devem entender o que determinadas datas como o natal e o ano novo representam para os seus consumidores.

Estando em um shopping, quando a competição é acirrada, é mais importante ainda que as vitrines sigam este conceito. Além disso, ao atrair consumidores, a loja beneficia o empreendimento como um todo. “A vitrine faz parte de um conjunto de comunicação único e o shopping deve munir o lojista de conhecimentos sobre instrumentos, ferramentas e imagens inspiradoras para atrair bons clientes”, comenta Tina, do BarraShopping.

Marketing Sensorial
Oferecer experiências sensoriais ao cliente também é papel das vitrines. Apesar de a visão ser responsável por 83% do que aprendemos, não se pode deixar de lado os outros sentidos. É aí que entra o Marketing Sensorial. “Deve-se trabalhar muito a experiência sensorial. A forma como você aborda os sons e os cheiros influencia diretamente na decisão de compra”, explica a Gerente de Marketing do BarraShopping, durante a entrevista ao site.

De acordo com estudos, as cores influenciam o humor. O vermelho, por exemplo, chama a atenção e estimula a compra. Por isso, é muito usado em liquidações. Por outro lado, cores como azul e verde têm efeito calmante e tranquilizante. Saber utilizá-las dá credibilidade à marca, agrega valor e destaca o produto. Já a iluminação é responsável por reforçar as cores e destacar o produto. Ela gera reconhecimento, dirige o olhar do consumidor, define as formas e provoca as sensações, como se fosse a alma da vitrine.

O olfato é um sentido que estimula as sensações sem que haja uma assimilação racional. Por isso, se bem utilizado, é capaz de incitar lembranças e experiências positivas dos consumidores, além de criar uma identidade que jamais será esquecida. Com criatividade, muito planejamento e um amplo conhecimento a respeito do público-alvo e da marca, é possível facilitar o trabalho das equipes de venda. Uma boa vitrine cria uma atmosfera de compras e uma história esperada pelo consumidor. O espaço apresenta a marca, a loja, o produto e ainda é capaz de superar as expectativas dos clientes.

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