quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vendas dos supermercados crescem 5,51% em 2009

Fonte: Abras

As vendas acumuladas do setor supermercadista em 2009 cresceram 5,51%, em relação a 2008, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No mês de dezembro, a alta real foi de 6,61%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e de 31,20%, se comparada a novembro de 2009. Já no mês de novembro, as vendas cresceram 3,53%, em relação a novembro de 2008, e caíram -2,64%, em comparação a outubro de 2009. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.

Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento acumulado de 10,65% em 2009, na comparação com 2008. No mês de dezembro, a variação nominal foi de 11,21%, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, e de 31,68%, em relação ao mês anterior. Já em novembro, a variação nominal foi de 7,90%, ante novembro de 2008 e -2,24%, na comparação com o mês anterior.

"Os resultados do nosso setor foram extremamente positivos no ano passado, principalmente se levarmos em conta o cenário de crise do início de 2009 e também as projeções de crescimento do PIB para o período, que não prevêem crescimento. Sem dúvida nenhuma, as ações de incentivo ao consumo tomadas pelo governo, como a redução de impostos, foram essenciais para esse desempenho. Ainda não temos uma projeção de crescimento para 2010, mas estamos otimistas de que a retomada da economia promoverá desenvolvimento econômico e social para todo o Brasil", avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda.

AbrasMercado

Em 2009, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou crescimento acumulado de 0,32%. Em comparação, o IPCA variou, no mesmo período, 4,31%. Em dezembro, o AbrasMercado apresentou queda nominal de -0,04%, em relação ao mês anterior. Já na comparação com dezembro de 2008, o AbrasMercado apresentou alta nominal de 0,32%, passando de R$ 260,68 para R$ 261,51.

No acumulado do ano de 2009, os produtos com as maiores altas foram: açúcar, com 57,20%; cebola, com 50,70%; batata, com 46,50%; sal, com 35,20%; e farinha de mandioca, com 16,70%. Já os produtos com as maiores quedas acumuladas em 2009 foram: feijão, com -34,40%; tomate, com -22,70%; arroz, com -15,50%; farinha de trigo, com -11,90%; e sabonete, com -9,40%.

Índice de Volume

De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no ano de 2009, crescimento de 3,20% nas vendas em volume, em comparação a 2008, quando a variação ficou em 0,40%. O bom desempenho foi puxado pelas cestas de bebidas alcoólicas, com 8,60%, e perecíveis, com 7,20%. As cestas de bebidas não alcoólicas, com 4,90%; limpeza caseira, com 3,80%; higiene e beleza, com 2,10%; mercearia doce, com 1,10%; e mercearia salgada, com 0,90%, também registraram alta. A cesta outros, que contém principalmente produtos de bazar, foi a única a ter queda no volume vendido durante o ano de 2009, com -3,70%.

O formato padrão de supermercados, que tem entre 20 e 49 check-outs, manteve crescimento, com 9,3% de aumento de vendas em volume durante o ano. O autosserviço com até 4 check-outs, -0,1%, e aqueles que têm acima de 50 check-outs, -6,4%, continuam registrando quedas.

Nas regiões do país, todas as áreas pesquisadas, com exceção de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, com queda de -1,7%, registraram aumento no volume vendido. O maior crescimento aconteceu na região que engloba a Grande São Paulo, com 6,0%, seguida por Nordeste (Ceará até Bahia) e Espírito Santo, Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro, com 5,6%. Na sequência, vêm as seguintes regiões: Grande Rio de Janeiro, com 5,1%, Sul, com 1,3% e Interior e Litoral de São Paulo, com 0,7%.

Os produtos que apresentaram maior crescimento em volume vendido em 2009 foram bebida energética, 69,6%; molho de tomate refogado, 14,3%; leite em pó, com 11,4%; cerveja, com 10,5%; e frios e embutidos, com 10,5% . As maiores quedas aconteceram nos seguintes produtos: uísque, com -8,9%; suco de frutas concentrado, com -8,6%; inseticida, com -8,2%; extrato de tomate, com -6,7%; e açúcar e alimento para cães, ambos com -6,0%.

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